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Após muita chuva, o sol aparece no terceiro dia de prova. Frio continua intenso 2008-12-03 01:14

Após 2 dias de muita chuva, o sol finalmente apareceu no Estoril Portugal XPD Race. O dia amanheceu com o céu limpo e azul, mas o frio continua dificultando a vida dos competidores. Pouco antes do nascer do sol os termômetros marcavam 2 graus centígrados em Vendas Novas e os carros tinham um fina camada de gelo no teto. No ginásio da cidade foi montada a Área de Assistência 2 e local de início do Estágio 3 da competição.

Além de um teto para dormir, a organização providenciou ainda um microondas e uma cafeteira para garantir uma alimentação quente para todos. Mas os atletas e suas assistências que estão acostumados com este formato de prova levam, por exemplo, colchões infláveis e outros equipamentos para garantir um sono um pouco mais tranqüilo.

O trabalho dos apoios, aqui em Portugal chamados de assistência, fica além das áreas de transição, chamados de Áreas de Assistência. O que conhecemos como área de transição é apenas o local onde os apoios podem deixar e retirar os equipamentos utilizados em uma seção.

A proximidade dos países na Europa permite que muitas equipes não-portuguesas participem da prova e também venham com seus próprios automóveis. Uma das equipes de apoio está presente com um veículo do tamanho de uma van mas com a funcionalidade de um trailer, com água, geladeira e fogão, além de espaço para as malas e caixas de equipamentos dos competidores. O teto do veículo possui compartimentos para guardar coisas e ainda abre-se para cima, permitindo que as pessoas mais altas possam ficar de pé na parte traseira e trabalhar tranquilamente na “cozinha”.

A abertura do terceiro estágio aconteceu às 06h00 da manhã de terça feira, mas neste formato de prova nem sempre as primeiras equipes classificadas são aquelas que chegam ou partem primeiro e como as equipes que buscam uma boa colocação buscam a maioria dos postos de controle e perdem muito mais tempo no percurso, há uma inversão na passagem das equipes e as líderes neste momento são as que estão na parte de trás do pelotão e ainda estavam em direção à Vendas Novas quando as outras partiram.

Esse é caso, por exemplo, da equipe japonesa East Wind na qual a integrante feminina levou uma queda logo no primeiro dia de prova e os atletas decidiram pular o segundo estágio e seguir direto para a seguinte.

Antes de chegar à cidade era preciso atravessar um pequeno braço de represa utilizando uma embarcação montada com dois caiaques e madeiras, transformando-os em uma espécie de catamarã. Cada viagem levava apenas dois atletas e suas bicicletas e contava com a ajuda de dois staffs para levá-los até o outro lado e trazer a embarcação de volta.

Como não estava chovendo, ninguém reclamou de ficar esperando alguns minutos antes de voltar a pedalar. A Team Finland chegou para fazer a travessia às 08h36 da manhã e extra-oficialmente era a líder da prova naquele momento e atrás delas estaria a Adventureteam.dk, mas a confirmação das posições será feita somente após o descarregamento dos dados de apuração, que é feita eletronicamente.

A ‘urge.cyanosis apareceu cerca de duas horas depois, mas a equipe sul-africana deixou alguns PC’s facultativos para trás e deve cair algumas posições na classificação final. O caminho arenoso e sem referências geográfica tornou a navegação bastante difícil situação que se complicava mais devido à privação de sono.

Somando a distância da seção final do Estágio 2 com a primeira seção do Estágio 3, os competidores tiveram que pedalar um total de 160 quilômetros entre Alcácer do Sal e a Represa de Montargil, onde puderam descansar um pouco as pernas e fazer um circuito de 30 quilômetros de canoagem nas embarcações sit-on-top, saindo e chegando no mesmo local. O percurso total desta seção era de 4 horas, de acordo com as estimativas da organização.